quinta-feira, julho 27, 2006

Não entendo.


Confesso que ainda não entendi. E esforcei-me. A sério, ao contrário do alheameanto em relação ao mundo real que me caracteriza, ultimamente tenho tentado acompanhar as noticias para saber o que motiva uma guerra. Mas não entendo. Ou sou muito burra ou simplesmente não alcanço.
Sempre fui péssima no que diz respeito a politiquices, considero a politica uma hipocrisia em que imperam os jogos monetários e a busca do poder. No entanto reconheço que não se vive sem ela. Sempre fui má a geografia e a história e até hoje continuo sem entender qual é a verdadeira maka de Israel/Libano/Palestina/Faixa de Gaza/Irão/Iraque.
Sempre que tentei perceber as guerras prendi-me nas estórias das pessoas. Como hoje, que me prendi na história do condutor da ambulância da Cruz vermelha que foi atingida por um míssil israelita em Tiro no Líbano. E que voltou a conduzi-la assim que saiu do hospital. Mas fica a sensação de vulnerabilidade, e se já nem o apoio aos feridos é previligiado, que será deles? O Hezbollah, só hoje, lançou cerca de meia centena de rockets sobre várias cidades no Norte de Israel. E depois morrem israelitas, libaneses, palestinianos, ONUses. Não interessa quem tem culpa, morre toda a gente.
De que serve a guerra então? Se os maus não são castigados e os bons não ganham, para que serve esta guerra? Quem são os maus? Quem são os bons? Numa guerra há bons e maus?
Primeiro a guerra, depois o pós guerra imediato e depois o esforço de reconstrução, são passos que fazem parte da história do país mas que são vividos na pele do povo que sofre, que tem medo, que passa fome, que perde gente querida. Quem sofre são as crianças que nascem e crescem na guerra, no ódio e no medo. Que herdam um país e um continente debastado por lutas intermináveis e que vão ser responsáveis por perpetuar a guerra. Porque o que conhecem é guerra.
Já lá vão 16 dias de guerra. Em nome de quê? De terra? De um Deus? De dinheiro? De poder? Continuo sem entender. E acho que desisto de tentar.
P.S.: E no meio da guerra ainda há quem se case em bunkers... a esses gabo a coragem ;) - Lá 'tou eu a perder-me nas estórias das pessoas...

Sem comentários: