Triste
Vim para casa a pé, como sempre, só que desta vez com um pacote de batatas fritas numa mão, o saco do ginásio na outra e, dentro de mim, tristeza. Sinto-me feliz por estar triste, entênde-lo e respeitá-lo, apesar de não entender bem os motivos que motivam a minha tristeza. Sinto-me feliz por não precisar de inventar felicidade onde ela não existe e por não me contentar com felicidades fugazes. Mas, confesso, ás vezes queria ser diferente. Ou não.
Nestas alturas lembro-me sempre duma musica que me marcou e que diz algo como:
Well I guess I'm trying to be nonchalant about it
And I'm going to extremes to prove
I'm fine
But in reality I'm slowly losing my mind
Underneath the guise of a smile
gradually I'm dying inside
Friends ask me how I feel and I lie convincingly
'Cause I don't want to reveal the fact that I'm suffering
So I wear my disguise 'til I go home at night
And turn down all the lights and then I break down and cry
Decidi que usar um disfarce não é a melhor maneira de lidar com o que sinto e agora assumo "estou triste". Mesmo que não tenha motivos aparentes para isso. Estar triste não me torna mais fraca. Apenas me torna diferente. Mantenho-me independente de tudo o que me faça fugir de mim mesma e isso implica não fugir do facto de que me sinto triste. Há demasiado tempo? Talvez, mas não temos de andar todos a rir todos os dias. Sinto paz assim. Mais do que quando finjo um sorriso.
P.S.: Esta é a parte em que pensas "Lá vem ela com a história da paz e blá blá blá... não há paciência..."
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