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Ajuda-me a sentir. Que vale a pena. Que isto é o que sempre quiz. Muito mais que querer, é o que me estava reservado por Aqueles que percebem o meu destino, mais que eu.
Ajuda-me a acreditar. Nestes dias em que me dói tudo. Desde o couro cabeludo (por horas infindáveis de "rabo de cavalo" e ganchos) ao "bundão" (outrora empinado mas com tendência a achatar por "infinitos tempos" sentada), passando pelos olhos (cansados de ver, de ler)... Dói. Ainda que os mimos atenuem. No fundo o que dói mais é a alma. Esta alma inquieta de não querer nunca ceder. De querer ter tudo, até o cansaço. Mas que dói dele.
Ajuda-me a pensar. Nestes dias em que me dói tudo. Ajuda-me a ver que vale a pena continuar. Que valem a pena os sonhos, as dores e o cansaço. Ajuda-me a acreditar, nestes dias em que me dói tudo, que não é só o fim que conta, que os finais podem ser mudados, reconstruidos e ainda assim, felizes.