segunda-feira, agosto 21, 2006

Gargalhadas no silêncio

Em terras do Douro, tirei umas horinhas do meu tempo de estudo e fui ver os meus primos que também andam por cá. Precisava deles. Todos arranhados, morenos, barulhentos e enormes. Soube-me pela vida. Foi dificil convencê-los que não podem ir para a água a seguir ao almoço porque a barriga que está cheia de comida incha e depois ficam com dói-dói e têm de ir ao hospital. Ao que a Maria respondeu "não faz mal". Pois... Ela deixa-me sempre sem palavras.
O barulho dos meus Tarzans e da pequena Emma (que fala francês comigo... adoro, adoro!) constrasta na perfeição com o silêncio do lar da Naná. Escusado será dizer que eles entraram lá e deram vida ao lugar. Arrastaram-se nos corredores, empoleiraram-se na cama e lambuzaram a Naná de beijos ("vá, tudo a tirar a pastilha antes de dar beijinhos..."), viraram a cadeira ao contrário, meteram-se com todas velhotas que encontraram e quando dei por ela estava a Emma quase quase a tirar a "tampinha" inferior do saco de algália. "Pour vider le pipi".
O barulho e as gargalhadas das crianças são das coisas (felizmente) mais dificeis de controlar. Mas são as crianças que, ao não se apereceberem da doença, da morte e do sofrimento, conseguem transfundir felicidade.
Hoje o estudo tem outro sabor, o sabor das gargalhadas dos meus pequenos.
P.s.: By the way, ainda estou viva. Ainda estou no Porto com as outras aprendizes de feiticeira, a ser muito bem tratada, acarinhada e incentivada. Só tenho saudades. Da minha mãe e avó. E do mano.


sexta-feira, agosto 11, 2006

Tou desculpada?

Serve a presente para:

  1. Pedir que não me convidem... Senão eu fico ainda mais triste, a pensar no almoço dançante em volta da piscina enquanto a única coisa que vejo á frente são hepatites, transplantes hepáticos e colecistites. É que eu queria mesmo estar com vocês...
  2. Avisar a bolinha das insónias que por enquanto as minhas noites vão ser passadas em frente aos livros. E... por favor, não passem em frente á minha janela a fazer adeus antes de irem para a noite!! LoL
  3. Avisar que só aceito ser raptada nos próximos tempos se o rapto for perpetrado por marcianos verdes com a intenção de me enfiarem um chip (com a matéria do exame) na cabeça. Miki, desiste :P
  4. Informar que os únicos convites que aceito agora são para estudo. Mesmo. Não é tipo "vamos lá ali estudar no bar do doido". Depois o doido não se cala a tarde toda e estudar que é bom, nada! (é que o doido canta mesmo muito mal!!)
  5. Avisar que não quero ouvir "mas ainda falta tanto até Dezembro"... Eu sei que sim, mas já bastam os dias em que repito isso quando estou a lutar comigo mesma para me obrigar a pular da cama ás 8 da manhã em pleno Agosto. Acabo por sair porque tenho uma "voz de consiência" extremamente eficaz que me bombardeia logo com os piores panoramas possiveis. É que, como diria o meu professor de anatomia do 1º ano, "Dezembro é já amanhã!!!"

Mas tambem peço desculpa por todos os convites que me têm feito e eu tenho recusado sem querer. E pelos que vou recusar. Pelas chamadas que não atendo e pelas mensagens que não respondo e pela pouca atenção (ainda menos do que o normal) que vos tenho dedicado.

Pois é, vai ser assim nos próximos tempos... Pelo menos até acabar a 1ª rodada de matéria. Depois relaxo. Ou não LoL Como diz o Dr. Rui, o importante é fazer uma gestão eficaz do stress.

O facto de ter um exame a definir a minha vida stressa-me. Apetece-me agarrar no meu cartão da Ordem e ir para um sitio onde faça mais falta e onde eu provavelmente me sentiria melhor.
Por outro lado, alguma coisa ia ter de definir a minha vida, já que eu não o consigo fazer. Assim, se algo correr mal posso sempre culpar o juri do exame LoL É o que dá ser filha de duas terras, nunca se sabe o que fazer.
Tou desculpada?