Drenos, pensos, cicatrizes.
Vómitos, melenas, cheiros.
Há alturas assim, em que em vez de querer trabalhar num hospital me apetecia trabalhar numa revista de moda, para não ter de ver só pessoas velhinhas e doentes. A beleza não está na idade dizem. Nem na saúde. E não está, só que há dias em que não consigo ser altruista ao ponto de pensar diferente. É certo que eu aprendo mais com as velhinhas do que elas comigo e é certo que elas, nos seus 70, 80, 90 anos, conseguem ser mais bonitas que eu, aos 25. Por dentro, a grande maioria das pessoas que me rodeiam são milhares de vezes mais bonitas que eu e têm, de uma forma geral, muito para ensinar. Pessoas que não são só envólucro. Na maior parte dos dias consigo ver isso. Mas, confesso, há dias em que não. E esses dias são os dias em que não chego a casa feliz.
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