sábado, junho 24, 2006

Baile de Finalistas

Se alguém me convidar para ir ao baile esta noite, seja quem for, homem, mulher, gordo, magro, esperto, tonto, conservador ou liberal, branco, preto, asiático ou mulato, muçulmano, católico, budista, agnóstico ou ateu, seja quem for, a quem quer que seja, vou dizer que sim. O que não vou fazer é entrar naquele baile sozinha depois de ter pago dois lugares!!!
Adaptação de "Alextimia" de Lucia Etxebarria in "Nós, que somos diferentes das outras"
Até a velhinha da hidroginástica já entrou no meu "drama" e disse-me, cheia de ternura: "Oh vai ver que se pedir a um dos seus colegas ele até dança consigo"... Faltou a parte em que ela dizia "se pedir com muita insistência, pode ser que eles lhe façam esse favor, mesmo que seja uma pulguenta, sarnosa, horrorosa" LoL...
Enfim a consolação que me resta é que para além dos meus/minhas colegas serem todos uns queridos (não, não é graxa para vos convencer a dançar a valsa comigo), a minha mãe, a minha mega mãe, vai comigo ao baile. Um bocado arrrastada, é certo. ("mas não vão pais nenhuns de ninguém, porque é que tu me obrigas?? e que mal fiz eu para ter de ir para lá?"... e entretanto ia enumerando nomes de eventuais acompanhantes). Mas não. Vai ela. E vai dançar comigo a valsa. Quer ela queira, quer não LoL Apesar do meu primo Márcio dizer que "mulhé com mulhé dá jacaré". E eu sei que ela está super orgulhosa de ir comigo (ou pelo menos prefiro pensar assim).
A escolha é óbvia. O meu par devia ser o meu pai. Já que ele não está devia ser o meu irmão, que também não está. Logo a seguir vinha a minha mãe e a minha sempre presente Loo. Pronto, vai a minha mãe. Fico feliz. Na realidade é ela que conhece os meus colegas, que me aturou durante seis anos de exames, de "não consigo", de "tou tão preocupada com aquele doente"... Vai ela, linda como sempre. End of conversation.
Já estou a preparar o cd de kizombas para o Chao dançar umas tarraxinhas com a Gabi por isso acho que o baile promete. Não é o baile que eu imaginei, a pessoa que sempre achei que ia comigo ao baile não é a que efectivamente vai, mas a vida é mesmo assim. E é só um baile.
Mas é o meu baile de finalistas. O nosso baile de finalistas. E hoje não há espaço para tristezas. Até porque não convem babar nem sujar de rimel o vestido lindissimo que a Loo me emprestou... ;)

1 comentário:

Sebastião da Graça; Rodrigo Pais disse...

Não quero transformar os nossos blogs num chat! Mas eu sei o que quiseste dizer com certinho! É mesmo essa "obrigação" que temos para com a nossa posição profissional e acima de tudo, perante a sociedade... Essa sim, é que tinha de mudar. Mas como não podemos mudar o Mundo, não digo para nos juntarmos a ele, mas começar pelas pequenas e insignificantes coisas.

Mas enquanto uma mulher linda como tu, não tiver pelo menos 1001 convites para um baile, algo vai mal neste mundo. O que se passa conosco?! Sabes é mal fácil para nós homens "andar nos beijinhos" com uma mulher não muito bonita, não muito atraente, mas que nos trate como especiais, em vez de mulheres lindas, brilhantes, magníficas que temos medo de perder, assim como tu. É cobardia em ir à luta pelo que queremos e por isso já nem tentamos. "Quem não pode o que quer, queira o que pode" (Leonardo da Vinci). Mas ainda há quem acredite e vá à luta! Encontrarás o teu príncipe encantado de certeza!